10.junho
A inteligência artificial já faz parte da rotina de quem produz conteúdo. E por aqui, na 4Buzz, ela já faz parte do processo. Afinal, quando bem usada, é uma baita aliada em várias etapas do marketing – do planejamento à execução.
Especialmente quando a agenda está cheia e o tempo é curto, contar com essa tecnologia pode trazer mais fluidez e praticidade ao dia a dia.
Mas é aí que entra um ponto importante: “bem usada”. Hoje, vou te mostrar como utilizar a IA com consciência e criatividade, sem cair na armadilha de terceirizar o que só você pode entregar: autenticidade, personalidade e conexão real com o público.
Simplificando pra você: a IA consegue “aprender” e “entender” informações para gerar respostas, textos, imagens, música e até vídeos – tudo a partir de comandos que você dá.
Ela também analisa uma quantidade absurda de dados e tendências em segundos… coisa que, manualmente, levaria horas ou dias.
O maior ganho da inteligência artificial na criação de conteúdo está:
Na hora de criar um naming, aquela ideia certa faz toda a diferença. Se você está preso porque o nome não “encaixa” bem, a IA pode te ajudar a sair do bloqueio e oferecer novas perspectivas para ideias que às vezes nem passariam pela sua cabeça.
Dá pra explorar paletas de cores, sugerir composições e até criar elementos personalizados que você não encontra em banco de imagem nenhum. A IA também pode ser muito útil na criação de moodboards, funcionando como uma fonte quase infinita de referências.
A inteligência artificial também ajuda com cortes automáticos de vídeo, legendas sincronizadas e criação de variações para teste A/B. Dá pra pedir que ela adapte o texto para algo mais descontraído, mais técnico, mais direto, mais emocional… e ela ajusta. Isso torna o processo muito mais eficiente quando a gente precisa adaptar um mesmo conteúdo para várias redes ou audiências.
A IA consegue fazer uma análise prévia de conteúdo e sugerir melhorias – e isso vale tanto para textos quanto para imagens. Por exemplo: terminou de escrever um post?
Você pode pedir para a IA verificar se o texto está alinhado com o briefing ou se está dentro do tom de voz da marca.
Criou uma arte e não tem certeza se a mensagem está sendo passada de forma clara? Dá pra enviar a imagem com um comando: “Essa imagem comunica bem a ideia de sustentabilidade com um toque moderno?” — e receber uma análise com sugestões de ajuste, caso necessário.
Detalhe, a IA não é uma ferramenta de aprovação, mas uma segunda opinião rápida (mesmo que digital) pode dar aquele empurrão quando você está em dúvida.
A IA ajuda demais, mas ela ainda está longe de ser perfeita. E entender suas limitações é essencial pra usar a ferramenta de forma inteligente e sem abrir mão da qualidade e da responsabilidade no conteúdo que a gente coloca no mundo.
Quando o comando é vago, a IA responde com aquele texto padrão que serve pra todo mundo e que, justamente por isso, não conversa com ninguém.
Outro dia mesmo vi no feed do Instagram, um post de um bar super jovem com a legenda assim: “Confira as fotos emocionantes do evento do último sábado.”
Sério… o que tem de emocionante em fotos de DJ e amigas tomando gin tônica? Num ensaio de gestante, até vai uma legenda assim.
O texto não combinava com o público, nem com o tom do perfil. Parecia algo feito às pressas, sem contexto – e foi. A inteligência artificial pode até ajudar a começar, mas se o conteúdo não for adaptado com cuidado, a gente perde a conexão com quem tá do outro lado da tela.
A IA pode ajudar muito com ideias e conteúdos rápidos, mas não espere que ela escreva um artigo completo, seja para seu blog ou seu TCC. O texto gerado por ela nunca está pronto de verdade.
Sempre vai precisar de um trabalho humano para deixar o conteúdo coerente, claro e relevante. A máquina não entende o tema da mesma forma que a gente e não faz aquela pesquisa aprofundada que um artigo exige.
A gente tem um certo deslumbre em achar que tudo o que a IA gera é fato. Só que além de não escrever textos prontos, a IA também pode errar feio nas informações. Ela não verifica fontes, não checa dados atualizados e, muitas vezes, mistura fatos com dados inventados como se tudo fosse verdade.
Já vi IA inventar nome de estudo, referência que não existe e até distorcer conceitos importantes. Por isso, usar o conteúdo gerado por ela sem uma boa checagem é um risco SEMPRE. Quem busca autoridade no que publica, desde uma simples legenda até um conteúdo mais complexo, precisa ir além do que ela entrega.
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No visual, a IA também tem suas derrapadas clássicas: mãos com seis dedos, profundidade estranha, objetos flutuando sem sentido, roupas que simplesmente se fundem com o fundo, expressões faciais “vazias” e estereotipadas… a lista só aumenta.
Esses tipos de erro quebram totalmente a estética e pode gerar comentários negativos ou virar meme (não no bom sentido).
Tipo quando as celebridades exageravam no Photoshop pra afinar a cintura e acabavam entortando a porta no fundo. O erro salta aos olhos e tira a força da mensagem.
Por melhor que o texto pareça NUNCA publique sem antes passar por uma revisão cuidadosa. Além de possíveis falhas de contexto e tom, a IA comete erros gramaticais com mais frequência do que muita gente imagina.
Ausência de coesão e coerência é quase sempre certa. E já encontrei problemas de concordância, hífen, crase e até construções confusas que só fazem sentido pra ela.
O português possui uma vasta quantidade de regras gramaticais, mas também apresenta muitos casos de exceção, que exigem olhar humano.
Quer testar? Pega uma prova de Língua Portuguesa de qualquer banca no Google, joga pra IA responder e depois entrega a mesma prova pra um revisor ou professor.
Spoiler: a IA vai escorregar em interpretação e em nuances que um profissional percebe de longe. Porque não adianta: entender profundamente a nossa língua, com todas as suas camadas e pegadinhas, ainda é coisa de gente.
A IA é uma aliada incrível, mas não pode ser muleta. Quem dá alma ao conteúdo é você: com seu olhar, sua bagagem, sua sensibilidade. É o seu repertório que transforma um texto ou imagem comum em algo que realmente conecta.
Se você se acostumar a depender só da máquina, pode acabar perdendo o que te torna especial como criador. A IA acelera processos, ajuda a organizar ideias e destrava bloqueios… mas o diferencial continua sendo humano.
Por isso, use a inteligência artificial com responsabilidade e consciência. Crie com ela, não por causa dela. Afinal, quem conta a melhor história, sempre, é você.