27.novembro
*Por Viviane Pironelli – Redatora na 4Buzz
Faz 11 anos que eu ganho a vida escrevendo. Poderia estar matando, roubando ou me prostituindo (você também não iria perder a piadinha), mas, não. Eu ganho a vida escrevendo. De textos sobre a tecnologia global de software a um monte de opinião que o povo implica, escrever é a minha praia.
Toda vez que estou na fila do açougue na minha metrópole Bonfim Paulista – onde conversas nas calçadas em noites de verão já deram lugar a portões fechados e concertina – ouço a afirmação seguida pela pergunta: “eu sempre entro no seu perfil; de onde você tira tanta ideia?”
Por isso decidi usar meu espaço no Blog da 4Buzz pra listar algumas coisas que, para ser redator e navegar pelo mar nem sempre calmo da publicidade, você precisa gostar.
Não, você não precisa saber de cor as incontáveis regras de crase. Para isso existem manuais de redação, guias ortográficos, o bom e velho dicionário que não caiu em desuso e gente doida como eu que adora estudar a gramática. Mas, você precisa entender que a “licença poética” não lhe dá o direito de sepultar a qualidade da escrita.
Portanto, leia. Leia muito. Muito mesmo. Leia tudo. E preste atenção no que você está lendo. Ler vai garantir pluralidade no seu vocabulário para que as pessoas não desistam do seu texto no primeiro parágrafo. (Se você leu isso, eu já passei no primeiro teste ?)
Somos um país continental em que 62% da população está ativa nas redes sociais. Pra escrever sobre o factual você tem que estar atento a elas. Tem muita coisa desnecessária? Sim. Irritante também.
Mas rede social é como aquela parte da sua família com a qual você brigou na eleição. Você discorda, dá vontade de chutar, excluir de vez em quando, mas não pode ficar longe pra sempre.
Olhando para o mercado, tem muito assunto na timeline que vira oportunidade para você escrever e ajudar seu cliente. Mas eu nem preciso lembrar que é essencial checar a confiabilidade da informação, certo?
Você não vai se tornar um papa da redação se não souber conviver e confiar na sua equipe.
Na verdade, como quase tudo na vida, de nada adianta ser brilhante no talento e cego na vaidade, acreditando que seu texto é tão bom, mas tão bom, mas tão bom, que você nem precisa de um revisor. Isso é suicídio literário.
Aqui na equipe de redação da agência trabalhamos em parceria e salvamo-nos uns aos outros para que pressa, rotina ou vaidade não nos tirem o bom senso e nem afoguem a qualidade daquilo que a gente escreve. A convivência é o cais.